Associação Brasil Parkinson: Uma história de amor

O Grupo Lótus entrevistou o Dr. Samuel Grossmann da Associação Brasil Parkinson. O Dr. Samuel nos contou brevemente sua história, que para nós é uma autentica história de amor. Aos seus 91 anos ele colabora com a Associação Brasil Parkinson e nos contou como foi que começou o projeto e como teve continuidade até hoje.

Tudo começou na sua infância quando conviveu com sua tia que possuía a doença de Parkinson e depois sua esposa que foi também diagnosticada com a doença. Como acontece infelizmente com a maioria das pessoas que demoram em ser diagnosticadas com Parkinson, o Dr. Samuel e sua esposa Sra.Marylandes Grossmann passaram por muitos médicos até que a doença foi reconhecida. Um dos médicos que a atendeu, recomendou uma terapia inusitada para a época, mas muito recomendada hoje em dia a todos as pessoas com Parkinson, que é a dança. Então o médico recomendou que a família formasse um grupo de dança para minimizar os efeitos da doença. Dessa forma, então a família iniciou uma articulação de pessoas que quisessem dançar e logo depois várias pessoas começaram a participar do grupo. Como naquela época não existia nenhuma organização ligada a doença de Parkinson no Brasil ou mesmo sediada em São Paulo, o Dr. Samuel se inspirou em uma associação similar na França e fundou a Associação Brasil Parkinson. Ao ser a precursora, a ABP ajudou muitas pessoas pelo Brasil a organizarem suas associações locais como foi o caso de Piracicaba cujo nome até hoje leva o nome “Colibri -Associação Brasil Parkinson, núcleo Piracicaba” associando seu nome ao da organização que a ajudou a existir. Mas o que nos encanta nesta história foi a dedicação, o carinho, entusiasmo, compromisso e amor que o Dr. Samuel teve com sua mulher, que foi durante anos a presidenta da associação. Ele sempre esteve ao lado dela em todas as iniciativas. Depois de sua partida, ele continuou com o mesmo carinho, vontade de ajudar aos demais e em homenagem a ela, a realizar inúmeras atividades para aproximar as pessoas com Parkinson à associação – escreveu livros, catálogos, orientações; promoveu atividades terapêuticas, reuniu recursos para a manutenção da estrutura, construiu uma sede própria e até hoje é uma referencia para os associados e para todas as associações de pessoas com Parkinson no Brasil.

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